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31.1.07


Os EZ Special estão de regresso aos discos, em 2007. Mantendo a qualidade e a intensidade com que habituaram o público ao longo da sua carreira, nos mais de 250 espectáculos realizados desde 2002, e tendo sido, durante mais de 20 semanas, número 1 de airplay em Portugal, os EZ Special apresentam-se com um novo formato num disco composto integralmente em português.

Produzido por Alexandre Almeida (Ex-Bandemónio e actual Mundo Secreto) o registo conta com um alinhamento de grandes canções que dão continuidade ao trabalho que os EZ Special realizaram em “In n’Out” e “Leitmotiv”, os dois primeiros discos da banda.

Com edição assegurada pela Farol Musica, a canção “Se Em Ti Eu Não Mando” dos EZ Special faz já parte da banda sonora de “Tu e Eu”, novela que está a ser transmitida diariamente no horário nobre da TVI.

O primeiro single, "Sei Que Sabes Que Sim", já roda nas principais rádios nacionais, estando a banda mais preparada do que nunca para se lançar aos palcos de 2007, para mais uma tourné arrasadora na invejável carreira da banda.

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LADO A LADO


Mafalda Veiga e João Pedro Pais


Dois Artistas incontornáveis da música portuguesa juntam-se no sonho de explorar novos arranjos das suas canções. Ele envolve-se na sinceridade dos poemas dela. Ela aventura-se nos acordes destemidos dele. Ambos vão, LADO A LADO, redescobrindo a essência mais pura das suas sonoridades. A estreia deste espectáculo, com sala esgotada, no grande auditório do Centro Cultural Olga Cadaval, em Setembro de 2006, foi recebida com aplausos e muito entusiasmo pela plateia e, em palco, a emoção e o contentamento dos autores e dos músicos deixavam no ar a ideia de registar este trabalho em disco.Chegou o momento. Mafalda Veiga e João Pedro Pais, LADO A LADO, vai ser gravado ao vivo para edição em disco, no próximo dia 28 de Janeiro pelas 18h, no estúdio 3 da Valentim de Carvalho, em Paço D’Arcos.Uma gravação ao vivo que celebra o percurso dos dois compositores e interpretes, que irá contar com passagem por temas de outros cantautores lusófonos.Para assistir a esta gravação estão a decorrer alguns passatempos nos sites: www.mafaldaveiga.com e www.sic.pt, com apoio especial da SIC MULHER.Em palco, com os referidos Artistas, estarão: Mafalda Veiga – voz e guitarraJoão Pedro Pais – voz e guitarraFilipe Raposo – piano , wurlitzer e acordeãoRui Almeida – piano e hammondVicky Marques – bateriaMário Peniche – baixo Massimo Cavalli – contrabaixo Músicos Convidados: Luíz Arantes - guitarraAntonio Pinto - guitarra

foto:Joana Rocha

22.1.07

3.º Festival Terras sem Sombra 



Uma iniciativa da Diocese de Beja e da Arte das Musas


Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo

Imagens da Música de Tecla Ibérica em Beja







O Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e a Arte das Musas estão a realizar o 3.º Festival “Terras sem Sombra” – Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo, uma iniciativa que começou no passado dia 15 de Novembro de 2006 e se prolonga, de forma itinerante, até 24 de Março do corrente ano. No lançamento da programação do Festival em 2007, vai ter lugar, no próximo sábado, dia 20 de Janeiro de 2007, pelas 21h00, na Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Beja, um concerto de clavicórdio e cravo, interpretado por João Paulo Janeiro. O programa, de ressonâncias ibéricas, apresenta alguns dos tópicos mais relevantes – e mais atractivos – da música de tecla em Portugal, no contexto musical da Península Ibérica dos séculos XVI, XVII e XVIII.
Desde a raiz vocal, patente em várias peças, passando pela música de dança, frequentemente marcada pela escrita de variações, até à sonata bipartida de finais de Setecentos, diversos são os recursos utilizados pelos compositores para dar forma à escrita para tecla. O reportório para cravo e para clavicórdio era o mais comum, embora estes instrumentos fossem utilizados em diferentes contextos: o cravo, de sonoridade mais generosa, apresentava-se em ambientes palacianos e na igreja; o clavicórdio, com um volume sonoro mais reduzido, mas dispondo de recursos expressivos a que nenhum outro instrumento de tecla pode aceder, era utilizado no contexto mais íntimo do recital privado e do estudo individual.
Com direcção artística de Filipe Faria, da Fundação Calouste Gulbenkian, a terceira edição do Festival apresenta uma programação agrupada em torno de um tema fundamental, As Formas do Som: Vozes e Instrumentos, tema desenvolvido num conjunto de seis concertos em seis municípios do Baixo Alentejo. Os locais escolhidos para o efeito são sempre igrejas históricas da região que foram recentemente alvo de intervenções de conservação e restauro e possuem excelentes condições acústicas. É o caso da igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em pleno centro histórico de Beja, que reabriu recentemente as suas portas, depois de ter estado fechada durante cerca de vinte anos. Trata-se de um notável exemplo de “obra de arte total” que configura o culminar da estética barroca no Sul do país. Restaurada com toda a minúcia, através de uma parceria que envolveu a Diocese, o IPPAR e a Câmara Municipal de Beja, esta igreja ressurgiu de um longo processo de degradação e tem hoje um uso cultural, como museu. Não deixa de ser emocionante ouvir ressurgir aqui a sua tradição musical, outrora célebre.
João Paulo Janeiro obteve o grau de Mestre em Musicologia Histórica com uma dissertação sobre a música religiosa de Francisco António de Almeida. É licenciado pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou Cravo e Clavicórdio com Cremilde Rosado Fernandes. Obteve também a licenciatura em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Participou em diversos cursos de música antiga, tendo a oportunidade de trabalhar órgão, cravo e baixo contínuo com Joaquim Simões da Hora, Ketil Haugsand, Ton Koopman e Bob van Asperen. Fundou em 1989 o grupo de música antiga Flores de Música, e, em 2005, o agrupamento vocal de solistas Capela Joanina. Com estes grupos tem realizado um trabalho de divulgação da música portuguesa dos séculos XVII e XVIII, tanto em concertos como em gravações. Desde então tem dedicado uma grande parte da sua actividade profissional ao estudo e transcrição da música barroca portuguesa. Participou em gravações discográficas de Música Portuguesa com o grupo Cantus Firmus e o Coro Gulbenkian. Gravou A Influência da Música Italiana para Tecla em dois órgãos históricos da cidade de Évora e realizou o levantamento dos órgãos históricos do Alentejo para a Delegação Regional da Cultura do Alentejo, tendo coordenado processos de restauro em vários órgãos históricos.


Mais informação em http://www.terrassemsombra.com/

14.1.07

Novas 






AGENDA 2007

16.FEV.07 - Tent Zone Ovar 23h00
17.FEV.07 - Feira das Actividades Económicas Pinhel 22h30
15.JUN.07 - Festival Rock na Vila Vila de Rei 23h00
11.AGO.07 - Festival Graciosa Santa Cruz da Graciosa - Açores 22h00
03.SET.07 - Festas da Cidade Pontével - Cartaxo 22h00

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A Câmara Municipal de Lisboa e a Fundação Cupertino de Miranda apresentam, de 19 de Janeiro a 25 de Março, na Galeria Palácio Galveias, uma exposição da obra plástica de Gonçalo Duarte.
A mostra, de carácter antológico, é constituída por cerca de 90 obras – pintura e desenho – do acervo da colecção da Fundação Cupertino de Miranda.

Gonçalo Duarte nasceu em 1935, em Lisboa. Estudou na Escola Superior de Belas-Artes, tendo como colegas os pintores José Escada, João Vieira, René Bértholo, Lurdes Castro e Costa Pinheiro, que viriam a formar o Grupo KWY o qual, em Paris, editou em serigrafia 12 números da Revista com o mesmo nome, desde 1958 até 1963. Para o crítico de arte francês Pierre Restany os diversos números da Revista KWY «são como que um barómetro revelador do clima de efervescência e de renovação conceptual que dominou este período crucial».

A obra de Gonçalo Duarte terá começado por sofrer influências do Expressionismo gráfico de Lautrec e Picasso, antes de descobrir Paul Klee. A partir de 1963, a compreensão do Cubismo leva-o a enveredar pelo caminho da Nova Figuração Surrealizante.
Entre o suave linearismo abstractizante de Paul Klee e a violenta distorção fragmentada, cubo-expressionista, de Picasso, desenvolve-se a Nova-Figuração Surrealizante de Gonçalo Duarte, centrada em temas obsessivos de mitos, lendas, catástrofes e tragédias. O pintor encontrava uma forte motivação plástica na representação da tragédia.

Após a euforia criativa, os últimos anos de Gonçalo Duarte foram de abandono, incompreensão e solidão. Apesar da ligação afectiva ao país, o pintor morre em Paris, em 1986, deixando uma obra imensa, dispersa em diversas colecções particulares.

A Câmara Municipal de Lisboa pretende com esta exposição recuperar e divulgar a obra de Gonçalo Duarte, e também assinalar o mérito do Centro de Estudos do Surrealismo, cujos fundos próprios permitiram a produção desta mostra.


6.1.07

Especial do Lisboa - Dakar em Alcácer e Grândola dá vitória a portugueses 


Carlos Sousa, que já tinha ganho a primeira especial da edição de 2006 (terminou a prova em sétimo), bateu o sul-africano Giniel De Villiers, segundo, por 2.31 minutos e o espanhol Carlos Sainz, terceiro, por 2.38, ambos também em Volswagen.O piloto português Carlos Sousa (Volkswagen) venceu em automóveis a primeira especial da 29ª edição do Rali Dakar, ao cumprir os 117 quilómetros, realizados nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola, em 1:20.38 horas.
Em motos, a primeira especial também foi ganha por um piloto português, no caso Ruben Faria (KTM)Ruben Faria bateu o seu compatriota Hélder Rodrigues (Yahama), segundo na “especial” e melhor piloto luso em 2006 (nono lugar), por 16 segundos, e o francês David Casteu (KTM), terceiro, por 4.47 minutos.

Mais informação www.alentejomagazine.com

5.1.07

JP SIMÕES


«1970» à venda a 15 de Janeiro


AS COISAS QUE ME GERARAM (OU UMA SOMBRA NO MORRO)

tentativa de identificação de JP Simões num aeroporto alcatifado


uma casa no som: um projecto de sci-fi:

Já há alguns anos que eu andava à procura de uma casa no som que fosse mais parecida com o que eu gostava e que me permitisse juntar as minhas histórias meio letárgicas, meio amnésicas a um balanço mais vital que sinto mais como o meu pulsar do que a forma portuguesa de fazer canções. Também tem a ver com anos e anos a ouvir Chico Buarque de uma maneira talvez exagerada. Pensei: já que vou fazer um disco sozinho, vou fazer um disco simples, uma coisa que ando há muito tempo para fazer, um luso-samba. Onde está o meu futuro? Em 1970. Foi o que me ocorreu. Este disco é uma coisa muito artesanal, sem máquinas, com coros naturalistas como nos anos 70, com construções muito Chico Buarque, Tom Jobim... aquilo foi pensado como qualquer coisa de ficção científica, como se, no ano em que nasci, tivesse a idade que tenho... a imaginar que o nosso desenvolvimento cultural era diferente, que éramos pessoas que absorvíamos e transformávamos... com aqueles dois lados: o que sorve tudo, se mimetiza em tudo e ama as coisas novas quase com desespero, com uma alegria violenta, e o contraponto disso que é manter tradições mortas, direitinhas, como uma espécie de vínculo à terra. Eu tentei depurar esses elementos todos, há uma série de pormenores nos arranjos que particularizam aquilo, que põem uma sombra no morro. Esta foi uma primeira experiência. Eu ainda quero ir para algum lado a partir daqui onde encontrasse a minha toada. Tentar recomeçar a partir do sítio onde, há trinta e tal anos, deixámos as coisas mais ou menos auspiciosas e que, depois, esquecemos um bocado.

à deriva pelo Atlântico Sul:

O Quinteto Tati era uma coisa mais latino-americana, tinha um bocadinho de tudo, não tão especializado no samba. No samba-canção como aquilo que veio a dar o lugar à bossa. Para ser mais preciso, eu vejo aquilo mais como um luso-samba-canção. Uma identidade transatlântica. De certa maneira, também peguei um bocado na minha mitologia pessoal do tempo que vivi no Brasil e, quando, era eu miúdo e o Vinícius de Morais brincava comigo em casa de uma prima dele. Resolvi assumir uma identidade meio-ficcional, meio-lenda, o meu direito a ser brasileiro. Sinto isso um pouco como uma conquista minha, o ter conseguido concretizar uma terceira coisa.

a minha língua é a minha pátria (ou o meu divã)?

Tal como acontecia no tempo dos Belle Chase Hotel, de vez em quando, escrevo letras em inglês, há coisas, determinados balanços, determinadas formas de construir uma canção que só ficam bem assim... mas não tenho ido por aí, tenho andado a tentar fazer uma espécie de psicanálise e, para a fazer, tens de a fazer na tua língua. É o único acesso que tens ao teu próprio caos. Nesse aspecto, quando as coisas se tornaram menos uma celebração de estilos e mais “una busqueda”, comecei, naturalmente, a utilizar a minha língua, a procurar uma série de elementos da minha própria cultura que explicassem o que torna ser português tão incompreensível e bisonho e bizarro...

quem gerou a minha geração?

Compus um retrato de coisas dispersas, tive de me limitar no tempo e no espaço. Fui pegar num tempo, nos anos 80, numa cidade como Coimbra e tentar fazer um retrato que vacilasse um pouco entre a automutilação e o diagnóstico daquelas características que também encontro nos outros e que interrogasse: mas que contexto foi este para as pessoas ficarem assim, que era do vazio foi esta? Mas, depois, a própria música diz que a minha geração é a minha solidão, aquilo é uma tentativa de identificação. Até porque, muitas vezes, quando digo a palavra “geração” coloco-a num plano muito mais pessoal – as coisas que me geraram. Mais do que um grupo de gente que foi gerado comigo, ao mesmo tempo. Mas, evidentemente, também estou a falar daqueles a que posso chamar “os ratos de laboratório meus companheiros”. Aquelas pessoas geradas no mesmo meio que, a partir de certa altura, se vão começar a transformar em qualquer coisa. Porquinhos da Guiné, meus irmãos... Sempre imaginei isso mais como o meu avô diz “um rapaz da minha idade, da minha geração”... Houve uma marcação cerrada aqueles defeitos que sinto que também tenho, reportando-me também a um ressentimento em relação à minha cidade (suponho que cada um tem uma ideia da sua cidade...), uma cidade pequena, sem grande rumo nem grandes ideias, que se deixou adormecer ao colo dos fantasmas, sem oferecer nada... não que devesse oferecer alguma coisa... mas, depois, as pessoas são humanas, estão-se um bocado nas tintas para o espaço em comum, vivem lá a adorar os mortos o que gera um certo autismo em que vivemos enfiados no nosso buraco, com os nossos delírios, a jogar demasiadamente com a ironia porque era muito pesado falar sobre o concreto ou porque não havia coisas que se pudessem levar a sério.

uma ou duas gerações atrás, “Inquietação”, de José Mário Branco:

É uma canção mais universal que generaliza um bocado aquela sensação de “para onde é que foi toda a gente? para onde é que foram aqueles planos fantásticos?”... são sintomas de um problema ou de uma forma de estar. É, se calhar, mais uma canção sobre uma geração perdida. As coisas, às vezes, tem triplas ou quádruplas utilidades: acaba por ser um exercício de identificação com os outros ratos de laboratório, uma espécie de saldar de contas. O Henrique Amaro convidou-me para fazer uma versão naquele disco, Uma Outra História. A canção é uma eminência parda, inscreve-se naquele grupo de músicas que ouvi na adolescência e que me marcaram. Mas, nessa altura, com a claustrofobia de não me identificar com a própria terra, identificava-me muito mais com os objectos alienígenas como os Pop Dell’Arte que foram uma reacção mais justa ao no future que também se instalou, nos anos 80, aqui no nosso país: não há cá acordos pífios com o tempo nem homenagens nacionalistas, há um espírito de identificação com o mundo e uma liberdade de referências... já que isto é tudo tão confuso e há tão pouca coisa a que vale a pena dar continuidade, houve uma vontade muito grande de não pertença e de inventar um programa que fosse, ostensivamente, não daqui. De tal modo não daqui a ponto de não ser de lado nenhum. Mas, mais tarde, essa libertação pela libertação também começou a não me satisfazer. Os Belle Chase Hotel acabaram por ser também um bocado aquela atitude “o mundo é nosso” porque houve outra circunstâncias que tiveram a ver com a mundificação da informação nos ano 90, começámos a ter a informação toda à porta de casa... pega-se nisso, abre-se os pulmões e ver a música toda, deixá-la entrar... fazer os Descobrimentos para dentro! Acabou por ser uma exaltação da música e do mundo e de uma série de estilos... mas, passado um tempo, começou-me a parecer uma celebração injusta. E precisei de me começar a encontrar. Dei por mim a dizer: e este sítio onde eu vivo, esta coisa descurada, este aeroporto alcatifado?...

(síntese de João Lisboa de uma conversa com JP Simões)

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Os Balbúrdia vão surgir no pequeno ecrã já este fim de semana, no programa "Portugal a Tocar", gravado em Julho do ano passado na vila de Figueiró dos Vinhos.O programa será transmitido na RTP África na sexta dia 5/01 pelas 15h45m e na RTP Internacional no domingo dia 7 pelas 14h15m.Portugal a Tocar é um programa que teve como principal objectivo descobrir novos valores na área da música, para dar aos jovens portugueses de mostrar e estimular os seus dotes musicais ou artísticos em palco, abragendo diferentes estilos musicais.Todas as bandas que participaram no programa farão parte de uma colectânea do Portugal a Tocar, em DVD.


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